Fogo no cerrado e palavras de fumaça no Congresso


Um incêndio no cerrado na tarde de segunda-feira foi visto pelas janelas do Palácio do Planalto, onde a temperatura também está elevada. A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira promete para hoje protagonizar cenas que podem, no mínimo, chamuscar a imagem da ministra chefe do Gabinete Civil, Dilma Rousseff. No meio da cena está o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, que, mais uma vez, tentou se defender. O Congresso foi encoberto pela fumaça negra que veio do cerrado em chamas nas proximidades.
E como fumaça, as palavras de Saney se dispersaram pelo ar, sem convencer ninguém. A imagem do cacique da política maranhense está ofuscada e suas frequentes defesas sufocadas pelos fatos, que descortinam um ex-presidente que, por décadas, capitaneou práticas políticas que, no passado, eram vistas como provas de poder e, hoje, merecem a repulsa de uma sociedade desejosa por ética e pelo fim dos privilégios.
O clima seco da capital federal, que faz arder em chamas o cerrado, parece ser o único fenômeno alinhado com as cenas políticas do momento.

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