Exclusão das religiões de matriz africana

A maioria dos dirigentes de terreiros de umbanda e candomblé do Distrito Federal está indignada com o Governo do Distrito Federal. Depois da confusão promovida pelos evangélicos, que invadiram áreas públicas, instalaram templos em locais inadequados entre outros abuso, o governo decidiu regularizar a situação de todas as igrejas. Na recém distribuição de 1.800 terrenos, 1.200 foram para os evangélicos e 600 para os católicos.
As casas religiosas de matriz africana foram sumariamente excluídas do processo. Os dirigentes gritaram e bateram os tambores. E não foi à toa. A indignação maior, argumentam, porque não apelaram para as ocupações irregulares. Respeitaram a lei, seguiram a orientação do governo de não invadir e, por isso, foram punidos. Ou seja, ignorados pelo Executivo distrital, não foram contemplados com meio metro de terra.
Muitos abriram terreiros nas cidades do Entorno próximas de Brasília, o que é um transtorno para suas práticas religiosas.
Agora, o governo anuncia a instalação do Conselho de Defesa dos Direitos do Negro para às 9h30 do dia 28 próximo. O órgão será presidido pelo advogado Júlio Romário da Silva, atual coordenador da Associação Nacional dos Advogados Afro-descendentes no Distrito Federal e integrante do Grupo de Pesquisas Científicas - Direito e Ações Afirmativas - do curso de pós-graduação em direito da Universidade de Brasília. Há quem duvide que Júlio Romário consiga facilmente aplacar o profundo desagrado dos umbandistas e candomblecistas com o GDF, mesmo sob o comando de Arruda, uma poderosa erva dos cultos afros.

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