Cabo assassino é expulso do Corpo de Bombeiros

Brasília - A combinação de vários fatores determina a qualidade de vida das pessoas. Entre esses fatores, estão a ausência de violência e a convivência harmoniosa entre as pessoas dentro e fora de casa. As agressões e a impunidade se opõem à uma cultura de paz. Fazer justiça é essencial para, em parte, restabelecer o equilíbrio e evitar que os agressores, homicidas e autores de outras infrações continuem agindo contra a vida.
Hoje, está no banco dos réus do Tribunal do Júri de Brasília o cabo do Corpo de Bombeiros do DF Antônio Glauber Evaristo Melo, assassino confesso da professora Josiene Azevedo de Carvalho. No início da madrugada de 26 de junho de 2008, depois de não conseguir reatar o namoro com a professora, o cabo bombeiro sacou de um revólver e executou a jovem com um tiro na cabeça dentro do carro. Josiene, 35 anos, professora de inglês, mãe de um casal de filhos, não teve chance de defesa.
Momentos antes do início do julgamento, o Corpo de Bombeiros Militar do DF anunciou a expulsão do cabo da corporação. Assim, ele passa à condição de réu comum diante do tribunal, sem qualquer regalia.
O resultado do julgamento é previsto para sair na madrugada desta quarta-feira. As alegações do réu são absolutamente descabidas. Para os familiares, a relação tumultuada do casal e as ameaças do cabo bombeiro sugerem que o crime foi premeditado. Se condenado, Glauber Melo poderá pegar 30 anos de prisão. O problema no Brasil é que o réu nunca cumpre a pena na sua integralidade. Uma série de artifícios legais (mas imorais) permite que, na prática, o criminoso volte às ruas depois de cumprir dois terços da decisão judicial. Boa parte, desses criminosos volta pronta para matar outra vez e realimentar o ciclo da violência que a todos assusta e compromete a qualidade de vida e a construção de uma cultura de paz no país.

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