Ufa! Que alívio
Contra Maluf há inúmeras ações judiciais pelas mais diferentes infrações cometidas contra a administração pública de São Paulo. Roriz, depois de governar o DF por 14 anos, conseguiu se eleger senador em 2006, mas, logo em seguida, foi obrigado a renunciar ao cargo. Ele corria o risco de ser cassado por falta de decoro parlamentar, acusado de manipular os recursos do Banco de Brasília (BRB) em proveito próprio. Ao seu lado, na ação suspeita, estava o Nenê Constantino, dono da Companhia Aérea Gol, que, mais tarde, foi condenado como mandante de um homicídio. Roriz também é suspeito de ser o precursor do esquema de propina no Distrito Federal.
O ex-governador José Roberto Arruda teria seguido o mesmo caminho do mestre Roriz, de quem foi secretário anos atrás, e mantido o esquema de propina aos parlamentares com dinheiro obtido das empresas vencedoras de licitações. Não deu certo. A Polícia Federal abriu a Caixa de Pandora, no fim do ano passado, e dela sairam cenas inimagináveis. Havia filme até de deputado distrital fazendo a oração da propina para não perder a fonte de dinheiro. Arruda chegou a ficar preso por mais de dois meses na Polícia Federal, acusado de tentar obstruir o trabalho da Justiça.
As investigações da Caixa de Pandora ainda não acabaram. A cada semana, novos e emocionantes capítulos chegam à opinião pública. E essa caixa é grande. Nela cabem personagens do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e até do Ministério Público
Mas a decisão do TSE significa uma grande conquista da sociedade brasileira que tomou a iniciativa de propor a Lei do Ficha Limpa. Para os brasilienses, então, nem dá para falar sobre a importância da saída de Roriz da corrida eleitoral de 2010.
Ufa! Que alívio!
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