Adeus, Saramago


O escritor português José Saramago, 87 anos, morreu hoje na ilha de Lanzarot, onde se exilou depois de ser censurado seu livro O Evangelho segundo Jesus Cristo, publicado em 1991. Ele nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, em 16 de novembro de 1922. Fez estudos secundários que não pode continuar por dificuldades econômicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, depois exerceu diversas outras profissões, como: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
Saramago foi o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998. Ganhou também o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.
Publicou o seu primeiro livro, um romance, Terra do Pecado (1947), e ficou sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora e exerceu funções de direção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista Seara Nova.
Em 1972 e 1973 fez parte da redação do Jornal Diário de Lisboa, pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre abril e novembro de 1975 foi diretor-adjunto do Diário de Notícias.
A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da escrita, primeiro como tradutor, depois como autor. Em 1980, alcançou notoriedade com o livro, Levantado do Chão, visto hoje como o seu primeiro grande romance. Memorial do Convento, confirmaria esse sucesso dois anos depois.
Entre os seus outros livros estão os romances, O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Ensaio sobre a Cegueira (1995), que ganhou uma adaptação para o cinema, Todos os Nomes (1997) e O Homem Duplicado (2002).

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