Deploráveis líderes e a finitude

Imagem: internet || Atrocidade na Faixa de Gaza
Quando um governante, seja ele de qualquer país, se regozija com a matança de mulheres, crianças, jovens idosos, doentes, é um indicativo de que a humanidade entrou em rota de deterioração. O que os governantes desses países supõem que carregaram no momento da finitude da vida? O que lucram com os massacres? Seria poder? Poder de dizimar famílias? Isso é poder ou ato de crueldade extrema? Nem os animais irracionais se comportam assim. Israel, Rússia e tantos outros países que oprimem, torturam e matam gente do seu povo são indivíduos deploráveis. 

O mundo, menos de um grão de areia no imenso universo, entrou em em coma. As mudanças climáticas estão aí provocando catástrofes no cotidiano do planeta. Levam à morte dezenas, centenas, milhares de pessoas. Mas a ganância dos miseráveis de espírito se acham no direito de somar força a essas transformações para matar mais e mais iguais, a cada dia. 

O nosso comportamento hostil com a natureza se tornou a pá do coveiro para enterrar a humanidade e tudo mais que é necessário à vida. Ainda assim, diante de realidades tão ruins, os líderes das nações vangloriam-se com a estupidez das guerras. 

Putin ameaça os adversários com armas atômica. O que sobrará para ele e outros com igual pensamento para governar e se dizer "poderoso"? Nada. É um estúpido, desumano e cego diante do que ocorre no mundo de verdade. Seu fantástico imaginário está dominado pelo ódio desmedido contra ele mesmo e todos os seres humanos. Benjamin Netanyahu segue no mesmo compasso, no obstinado afã de exterminar o povo palestino.

O planeta está se desintegrando pela incompetência humana de viver em sintonia com a natureza e com tudo que ela oferece aos homens, supostamente seres racionais. Estamos assistindo o ápice da irracionalidade, superando aqueles animais que não têm fala nem manipulam das altas tecnologias. Os avanços fizeram-nos retroceder a uma escala inferior ao do mundo animal. 

Lamentável, é o mínimo que podemos dizer, diante da brutalidade insana dos chamados governantes do primeiro mundo, submissos à indústria bélica, das fábricas de venenos e de tantos outros "negócios", verdadeiras armadilhas para a extinção da vida.

Assistir às cenas dos ataques a famintos e indefesos deixa-nos com a alma pranto. Não temos força para estancar os mortícinios. Falta-nos capacidade de compreender gestos tão vis, absolutamente deploráveis, quando o viver exige tanto de cada um de nós. O viver bem só pode ser nutrido pela violência zero, tolerância, respeito e humildade ante a natureza que alimenta todos os corpos existentes no mundo. Basta um olhar para exergar que o outro, a outra, enfim, todos somos iguais, e sem direito a destruição daquele que está ao nosso lado ou onde a vista não alcança. 

Somos iguais — sentimos sede, fome, sono, sonhamos, desejamos, amamos, divergimos, rezamos, ou não... O viver bem é fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem conosco. Não há magia nem mágica. É simples assim, ainda que a simplicidade seja complexa, somos capazes. Basta querer.

[Rosane Garcia, 1º de março 2024 || Desabafo]

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