Supremos deputados

Por Zulmira Quinté


Fantástica a decisão da Câmara dos Deputados de definir a jornada de trabalho dos parlamentares em três dias por semana — de terça a quinta-feira. Para aliviar os efeitos de exaustiva labuta, os deputados terão quatro dias de folga. Assim, trabalham três e descansam quatro dias.  Justo. Muito justo mesmo, pois o salário passa de R$ 26 mil por mês, sem contar com verba de gabinete, que garante, a cada um deles, um séquito de assessores; combustível, moradia ou auxílio para o aluguel; e passagens de avião, para voos nacionais e internacionais. Gastos com telefone, internet, correios também correm à conta do contribuinte. E o mais importante: eles têm a prerrogativa de decidir o percentual de reajuste salarial e os demais benefícios que entendem necessários aos seus interesses. Se o contribuinte não está satisfeito com a carga de tributos, isso não importa. O que vale mesmo é arrecadar cada vez mais para garantir todos esses benefícios aos parlamentares. De mais a mais, eles não são os defensores ferrenhos e intransigentes dos direitos e do bem-estar de cada cidadão brasileiro?

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