Já está pago, agora resta ver

Weslian Roriz recusou participar do debate com o adversário Agnelo Queiroz

     Boa parte dos brasiliense ficou frustada na noite passada. Aguardava ansiosa a participação da ex-primeira-dama Weslian Roriz (PSC) no debate contra o seu oponente Agnelo Queiroz (PT) na corrida pelo Governo do Distrito Federal. Poucas horas antes do embate, Weslian Roriz informou à Rede Bandeirantes que não compareceria. Alegou, segundo os apresentadores, que não havia se preparado para o pugilato verbal (exagero) com o adversário.
    Agnelo Queiroz está mais de 20 pontos à frente de Weslian, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de votos divulgada pelos veículos de comunicação. As chances de Weslian não amargar uma derrota cada vez tornam-se mais distantes.Mas a derrota não será dela somente. O grande derrotado será o seu marido, Joaquim Roriz, que depois de governar o DF por 14 anos tentava retomar o poder.
    Sorte e lucidez da maioria dos brasilienses, que resolveram dar um basta à hegemonia rorizista, uma das maiores tragédias do DF.
   Mas o lamentavelmente foi Weslian não ir ao debate. Quem não gostaria de ver ela repetir as cenas dramáticas do primeiro encontro com todos os candidatos que disputaram o primeiro turno das eleições?
     Dramáticas, beirando o bizarro misturado com o ilário. A ex-primeira dama, que se orgulha em ter o título de dona de casa, mostrou a todos o seu profundo despreparo para o cargo que disputa. Não tem domínio da linguagem política, desconhece os dados socioeconômicos do DF e busca dar um carga religiosa descomunal ao seu discurso. Em alguns momentos, chegamos a pensar que ela tenta lançar mão da chantagem emocional para atrair eleitores (os mais incautos).
    Brasília já teve uma governadora, a Maria de Lourdes Abadia que de vice-governadora passou a comandar(?) o Buriti sob tutela de Roriz. Weslian diferentemente de Abadia nem sequer seria tutelada. Ela ficaria sentada no banco, enquanto seu maridão tomaria as rédeas do comando. No máximo, Weslian apareceria para assinar os atos determinados por Roriz.
    Rotulado de "ficha suja" pelos tribunais Regional Eleitoral e Superior Eleitoral, Roriz viu na mulher, com quem está casado há 50 anos, uma alternativa para driblar a Justiça e aboletar-se mais uma vez no poder distrital. A estratégia não deu certo. (Sorte nossa).
    Tudo indica que em 31 de outubro, Agnelo será o vitorioso e em 1º de janeiro de 2011 assumirá o comando do Palácio do Buriti. Confirmados os resultados das pesquisas de intenção de votos, não podemos supor que o DF entrará em uma nova era. Não podemos nos esquecer que antigos e importantes colaboradores de Roriz, hoje, são os guardiões da candidatura de Agnelo. Como todos os desmandos ocorridos no passado não foram obras exclusivas de Roriz, é impossível fazer qualquer projeção sobre o que será o governo Agnelo.
Como pagar já pagamos mesmo, resta apenas esperar pra ver.

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